Tipo de Poder
Poder Informal
Esfera
Executivo
Nível
Federal

Na terceira semana de abril, em meio à pandemia, Bolsonaro acumulou pelo menos 5 atos de descrédito a recomendações médicas e sanitárias

Tema(s)
Conflito de poderes, Distanciamento social, Negacionismo
Medidas de estoque autoritário
Construção de inimigos

Como também na semana [veja aqui] e mês anteriores [veja aqui], o presidente manteve postura de descrédito a recomendações médicas e sanitárias na terceira semana de abril. Em 16/04, demitiu o então Ministro da Saúde [veja aqui] e, em seu discurso oficial sobre a situação, voltou a criticar medidas de isolamento social [1]. No mesmo dia, participou de entrevista para a CNN e, além de criticar Rodrigo Maia [veja aqui], afirma que o andamento da economia deve voltar ao normal e as medidas de isolamento social precisam ser relaxadas [2]. Dois dias depois disso, em 18/04, o presidente participou de novas aglomerações no Palácio do Planalto e na Praça dos Três Poderes e defendeu a reabertura do comércio [3], também afirmando haver ‘medo em exagero’ [4]. Nesse mesmo dia, publicou vídeo editado e fora de contexto do Diretor da OMS em sua conta do Twitter, insinuando que a quarentena levaria a efeitos negativos para a economia [5], como também já fez outras vezes [veja aqui]. No dia seguinte, o presidente participou de ato pró-intervenção militar [veja aqui] e defendeu que não irá negociar medidas de isolamento social com os estados. Entre 13 e 19/04 o número de infectados pela covid-19 subiu de 23.753 [6] para 39.144 [7] e as mortes somaram 2.484 pessoas [8], de acordo com dados das Secretarias Estaduais de Saúde.

Leia as análises sobre as atitudes do presidente contra recomendações sanitárias, a repercussão na mídia inglesa e norte-americana.

19 abr 2020
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