O Ibama reduz a aplicação de termos de embargo em 60% no primeiro semestre do ano, comparado com 2019 [1]. A aplicação deles pelo Ibama consiste em um instrumento para o combate do desmatamento no país, e é mais eficaz que o uso de multas nesses casos [2]. Após o desmate ilegal, o fiscal lavra um auto de infração, indicando a irregularidade cometida e, com o termo de embargo, há cadastramento virtual no Ibama, que pode ser acessado virtualmente por aqueles que desejam fazer negócios com infratores, pressionando os proprietários de terras a não cometer irregularidades [3]. As infrações podem resultar também na decisão de instituições financeiras em não autorizar o financiamento bancário para o proprietário do imóvel multado [4]. Desde de outubro de 2019 o sistema que contém os nomes dos multados pelo Ibama está fora do ar, desrespeitando lei que determina a publicidade desses dados [5]. Ao comentar o episódio, a secretária-executiva da Associação Nacional dos Servidores do Meio Ambiente (Ascema), Elizabeth Eriko Uema, diz haver briga diária com o governo para tentar conter o desmonte da política ambiental’ [6]. Elisabeth afirma existir aumento na pressão para a não atuação do Ibama, na aplicação de multas [7]. Desde 2019, o registro de multas aplicadas vem diminuindo, no ano anterior houve uma queda de 25% comparado ao ano de 2018 [8] .
Leia análise sobre o cenário de aplicação de multa do Ibama antes do governo Bolsonaro.