Em entrevista à Veja, o general Luiz Eduardo Ramos, ministro-chefe da Secretaria de Governo, diz ser ‘ultrajante’ a afirmação de que as Forças Armadas (FA) dariam um golpe militar [1]. Segundo ele, a ideia de golpe não circula entre os oficiais e seria ofensivo fazer afirmações nesse sentido; ‘o próprio presidente nunca pregou o golpe’, completa [2]. Porém, a oposição não poderia esticar ‘a corda’, fazendo comparações entre governo e o nazismo ou levando a cabo julgamento sobre a chapa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) [3]. Parlamentares da oposição criticam as declarações de Ramos, considerando-a uma ameaça [4]. No mesmo dia, o presidente assina nota com o vice e o Ministro da Defesa, dizendo que as FA não cumprem ordens absurdas e não aceitam interferências entre poderes por julgamentos políticos [veja aqui]. Em 15/06, Bolsonaro faz referência à expressão de Ramos, dizendo que o julgamento em curso no TSE seria tentativa de ‘esticar a corda’ [veja aqui].
Leia as análises sobre a a relação do governo com as Forças Armadas, seu papel no política governista e a cronologia de fatos na última tensão entre o presidente e o Judiciário.