O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, mobiliza servidores da Advocacia Geral da União (AGU) para ingressar com ação contra o cientista Antonio Nobre, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) [1] [2]; o que é feito nesta data [2]. Nobre é intimado a prestar esclarecimentos sobre entrevista na qual afirmou que havia ‘pessoas perigosas no governo’ de Jair Bolsonaro e que ‘o ministro do Meio Ambiente é um criminoso condenado’ [3]. Nobre fazia referência à condenação de Salles por improbidade administrativa, em ação movida pelo Ministério Público de São Paulo em 2017 [4] [5]. O caso contra o pesquisador é arquivado em outubro, quando o juiz Renato Barth Pires informa que Salles ‘considerou suficientes as explicações prestadas’ [6]. Salles mobilizou a AGU em outras ocasiões para interpelar seus críticos: o ambientalista Márcio Astrini [veja aqui] e o jornalista André Borges [veja aqui]. Após a ação contra Nobre, a AGU é utilizada para questionar o jornalista Cedê Silva [veja aqui].
Leia entrevista com ex-diretor do Inpe Gilberto Câmara sobre os ataques do governo Bolsonaro ao órgão.