Como na semana [veja aqui] e no mês anteriores [veja aqui], o presidente da República, Jair Bolsonaro, descreditou recomendações médicas e sanitárias. Em 16/08, o presidente publicou em rede social que a maioria das pessoas seria imune ao coronavírus, o que é falso [1]. No dia seguinte, causou nova aglomeração em Sergipe e fica sem máscara, cumprimentando apoiadores [2]. Em 20/08, o presidente voltou a defender o uso da cloroquina para o tratamento da covid-19, dizendo que a droga brasileira teria até chegado à China para tais fins [3]. Em 21/08, declarou que irá promover o evento ‘Encontro Brasil vencendo a Covid-19’, que acontece na semana seguinte [veja aqui] e trata apenas dos feitos positivos do governo, em detrimento da gravidade da crise sofrida – como também o governo já fizera antes [veja aqui]. No mesmo dia, um assessor especial seu, Arthur Weintraub, compartilha dado desatualizado da Secretaria de Saúde de um município do Piauí para sugerir fraude no número de óbitos por covid-19 [4], o que já havia sido sugerido pelo presidente [veja aqui]. Entre 15 e 21/08 o número de infectados pela covid-19 no país subiu de mais de 3,3 milhões [5] para mais de 3,5 milhões [6] e as mortes atingiram o patamar de mais de 113 mil pessoas [7], segundo dados do consórcio de veículos da imprensa.
Leia as análises sobre a condução pública do enfrentamento da pandemia desde o início e as declarações passadas de menosprezo à pandemia do presidente.