Tipo de Poder
Poder Informal
Esfera
Executivo
Nível
Federal

Bolsonaro cometeu ao menos 04 atos contra recomendações médicas e sanitárias na primeira semana de setembro, em meio à pandemia

Tema(s)
Distanciamento social, Negacionismo
Medidas de estoque autoritário
Construção de inimigos

Como no mês anterior [veja aqui], o presidente da República, Jair Bolsonaro, descreditou recomendações médicas e sanitárias. Em 01/09, o presidente reforçou frase já dita no dita anteriormente de que ‘ninguém pode obrigar ninguém a tomar vacina’ [veja aqui]. Em 03/09, visitou cidades do interior paulista, onde cumprimentou e abraçou apoiadores, sem máscara, e disse ser ‘um chefe de Estado ímpar por pregar o fim do distanciamento social durante a pandemia’ [1]. Bolsonaro se uniu a outras lideranças políticas negacionistas da covid-19 no mundo [2], o que lhe rendeu diversas críticas [3] e o agravamento da pandemia no país – que se tornou epicentro da doença [veja aqui] -, a despeito de evidências científicas da eficácia do distanciamento social para conter o vírus [4]. Em 05/09, criticou medidas adotadas pelos governadores contra a covid-19: seriam ‘projetos ditadores nanicos que apareceram pelo Brasil afora’ [5]. Segundo Bolsonaro, eles teriam tomado medidas muito radicais de isolamento social e não teriam dado prioridade à economia. Como também em outras ocasiões, ele recomendou ‘enfrentar’ o vírus [veja aqui] e diminuiu a gravidade da pandemia: ‘o pessoal não tem que ter medo da realidade. O vírus, eu falei lá atrás, que ia pegar em grande quantidade de gente’ [6] [veja aqui]. No dia seguinte, ele participou de evento de 07/09 sem máscara [7], ocasião em que foi acompanhado de crianças – o que ensejou acionamento do Conselho Tutelar pelo Movimento Nacional de Direitos Humanos [8]. Durante a noite, fez pronunciamento em que não menciona a crise da covid [9] [10]. Entre 01 e 07/09, o número de infectados pela covid-19 no país subiu de quase 4 milhões [11] para mais de 4,1 milhões [12] e as mortes atingiram o patamar de mais de 127 mil pessoas [13], segundo dados do consórcio de veículos da imprensa.

Leia a análise sobre o descrédito do presidente à pandemia e suas atitudes contra medidas científicas de combate à pandemia

07 set 2020
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