Tipo de Poder
Poder Informal
Esfera
Legislativo
Nível
Federal

Senador Flávio Bolsonaro desestimula vacinação contra a covid-19 e distorce dados científicos para sustentar posição

Tema(s)
Ciência, Negacionismo
Medidas de estoque autoritário
Construção de inimigos

Flávio Bolsonaro, senador (Republicanos-RJ) e filho do presidente Jair Bolsonaro, desestimula o uso de vacina contra o coronavírus e distorce dados científicos para sustentar posição [1]. O senador, através de suas redes sociais, afirma que como já teve covid, tem imunidade alta, e seu médico não recomendou, neste momento, tomar a vacina. Ele completa: ‘vou seguir a ciência’ [2]. A postagem é acompanhada de reportagem que afirma que estudo teria comprovado o fortalecimento de anticorpos 6 meses após a contaminação pelo coronavírus [3]. A matéria, no entanto, não relaciona o fortalecimento dos anticorpos com a desnecessidade de vacinação [4]. Infectologista e professor da faculdade de medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) afirma que todas as pessoas devem se vacinar, mesmo as que já tenham contraído a doença [5]. O uso da vacina no combate ao coronavírus é consenso científico mundial e chancelado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) [6]. A postura de Flávio se alia a sustentada por seu pai e pelo Ministério da Saúde que desestimulam a vacinação em massa e apoiam o uso de ‘tratamento precoce’, a partir de remédios sem comprovação científica de sua eficácia, no combate à pandemia [veja aqui]. Em outras oportunidades, o presidente disse que não tomaria a vacina [veja aqui] e que não se responsabilizaria caso as pessoas vacinadas se transformassem ‘em jacarés’ [veja aqui], além de recomendar o uso de cloroquina, a despeito de comprovação científica, e rejeitar a prática de isolamento social [veja aqui].

Leia análise sobre como o anticientificismo se tornou estratégia de atuação do governo Bolsonaro na pandemia

19 jan 2021
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