Bolsonaro ataca novamente o sistema eleitoral ao dizer que ’meia dúzia [de] pessoas, de forma secreta contabilizem os votos no TSE (Tribunal Superior Eleitoral)’ [1] [veja aqui], acrescenta ainda que ‘Eu não estou acusando servidores do TSE. Eu não posso admitir que meia dúzia de pessoas tenham a chave criptográfica de tudo, e essa meia dúzia de pessoas, de forma secreta, conte os votos numa sala lá do TSE. Isso não é admissível’ [2]. O presidente defende o voto impresso para as eleições de 2022, e afirma que, caso não haja voto impresso, não haverá eleição [3]; ele alega, sem apresentar nenhuma prova, que as eleições de 2014 e 2018 foram fraudadas o que já tinha feito antes [veja aqui]. Em 2014, o candidato Aécio Neves pediu recontagem e já declarou que não acredita que houve irregularidade no pleito [4]. Na mesma ocasião, ao ser questionado sobre sua aproximação cada vez maior do centrão ao nomear o Senador Ciro Nogueira do PP para a Casa Civil [5], Bolsonaro disse que veio do centrão e que esse termo é pejorativo, ‘nós temos 513 parlamentares. […]. São pouco mais de 200 pessoas. Se você afastar esse partido de centro, sobram 300 votos para mim. Se afasta cento e poucos parlamentares de esquerda, PT, PC do B e PSDB, eu vou governar com um quinto da Câmara [6]. Não tem como governar com um quinto da Câmara.’ A fala do presidente ocorre em um cenário onde ele sofre pressão de vários pedidos de impeachment, perda de popularidade, Lula crescendo nas pesquisas e investigações na CPI da covid no Senado, Bolsonaro procura por partido para se filiar e o PP seria uma possibilidade [7]. O presidente já atacou inúmeras vezes o TSE [veja aqui] [veja aqui] e o sistema eleitoral [veja aqui].
Entenda como funcionam as urnas eletronicas.