O Presidente Jair Bolsonaro mentiu ou enganou publicamente 1.682 vezes em 2020, segundo relatório desta data [1]. De acordo com o documento, houve uma média de 4,3 declarações falsas dadas por dia pelo mandatário [2]. De todas elas, têm destaque as manifestações que desinformam a população sobre a covid-19, seja promovendo discurso antivacina [veja aqui] [veja aqui], ou relativizando a sua gravidade, como no episódio em que o presidente qualifica a doença como ‘gripezinha’ [veja aqui] [3]. Juntamente a esses dados, o relatório também registra 464 manifestações públicas do governo federal atacando ou desacreditando o trabalho jornalístico da imprensa, prática constante do governo Bolsonaro [veja aqui] [veja aqui] [veja aqui] [4]. Metade delas foram ditas por agentes públicos, enquanto 18% continham expressões racistas [veja aqui], sexistas [veja aqui] ou LGBTQIA-fóbicas [veja aqui] [5]. Ainda segundo a publicação, o Brasil entrou na categoria de ‘nação em crise de democracia e com a liberdade de expressão restrita’, ao figurar na pior posição já ocupada desde a primeira medição feita em 2010 [6]. Há cinco anos, o país deixou de figurar entre os países com os melhores índices de liberdade de expressão para ser percebido como um Estado em grave crise democrática, e consequentemente de ameaça à garantia ao livre pensamento e expressão [7].
Leia na íntegra o Relatório Global de Expressão, publicação anual da ARTIGO 19, ONG de defesa e promoção do direito à liberdade de expressão e acesso à informação mundial.