Polícia Militar (PM) do Grupamento de Intervenção Rápida Ostensiva (Giro) do Goiás [1] agride com socos e tapas o advogado Orcelio Ferreira Silverio Junior, 32 anos, que foi inicialmente algemado, segundo a PM, por intervir em uma abordagem a um guardador de carros [2]. O advogado ainda é enforcado e sofre vários tapas no rosto [3]. Toda a ação é gravada por pessoas que estavam no local, e Orcelio afirma ter recebido novas agressões ao chegar no Central de Flagrantes da Polícia Civil de Goiás, local para onde foi levado [4]. O governador do Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), afirma que houve excesso por parte da polícia e diz: ‘esses excessos não serão admitidos de maneira alguma – nem pelo governador, nem pelo comando da PM, nem pelo secretário de Segurança Pública. Não tenho dúvida, (o excesso) está nítido ali, tanto é que o nosso comandante da PM já tomou atitudes’ [5]. Em nota, a secretaria de segurança pública de Goiás informa que afastou o policial envolvido e instaurou procedimento na corregedoria [6]. Vale lembrar que o Governo do Estado de Goiás tem como política não divulgar numeros sobre a letalidade policial [veja aqui]. O caso de violência policial não é episódico: em maio, PMs de Goiás foram gravados realizando abordagem violenta e intimidatória de ciclista negro [veja aqui]. De acordo com plataforma especializada em segurança pública, o patamar de mortes em ações policiais ocorridas em 2019 foi o maior desde o início do monitoramento realizado, em 2013 [veja aqui].
Leia mais sobre os altos números da letalide policial brasileira em 2020.