Tipo de Poder
Poder Informal
Esfera
Executivo
Nível
Federal

Em meio a enchentes na Bahia, presidente mantém férias e não presta apoio às vítimas

Tema(s)
Negacionismo, Posicionamento político
Medidas de estoque autoritário
Ataque a pluralismo e minorias

O Presidente Jair Bolsonaro viaja para o litoral catarinense em férias enquanto as fortes chuvas no sul da Bahia castigam milhares de pessoas [1]. A tragédia baiana já contabiliza nesta data ao menos 20 mortos, além de mais de 430 mil pessoas afetadas diretamente pelo temporal [2]. Apesar do desastre, Bolsonaro não altera seus planos pessoais de folga no litoral catarinense, faz passeios de jet ski e moto, corta o cabelo e joga na Mega da Virada durante o agravamento dos impactos do temporal no estado nordestino [3]. Como agravante, o governo federal recusa ajuda humanitária oferecida pela Argentina, presidida atualmente por Alberto Fernández, liderança política opositora a Bolsonaro [4]. A negativa do Planalto gera fortes críticas do governador baiano Rui Costa (PT-BA) a Bolsonaro, que, além de classificar a atitude do presidente como ‘desprezo em relação à vida humana’ [5], o contraria, ao aceitar diretamente a oferta do vizinho argentino [6]. Além do petista, houve indignação nas redes sociais, expressa por críticas tanto da oposição quanto de políticos governistas [7]. Mesmo sob críticas por não prestar solidariedade às vitimas, inclusive por aliados políticos e apoiadores [8], o presidente mantém distância da região e das autoridades e populações locais [9]. Vale lembrar que essa não é a primeira vez em que o governo federal minimiza tragédias ambientais: meses atrás, a pasta de Minas e Energia escondeu dados sobre a crise hídrica [veja aqui] após ignorar os níveis baixos dos reservatórios de água [veja aqui].

Ouça análise sobre como a classe política e a opinião pública reagiram a folga de Bolsonaro do fim de ano.

27 dez 2021
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