Segundo apuração desta data, o presidente da República, Jair Bolsonaro gastou R$29,6 milhões com cartão corporativo do Planalto até o início do último ano de seu mandato [1]. A quantia é 18,8% maior do que o registrado nos 4 anos do mandato anterior, exercido por Dilma Rousseff e Michael Temer [2]. Quando era deputado federal, Bolsonaro foi crítico deste meio de pagamento e chegou a provocar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a ‘abrir os gastos’ [3]. Apesar do registro público das despesas Bolsonaro afirma, em 08/2022, que nunca usou cartão corporativo [4]. Os valores totais das despesas custeadas com este tipo de pagamento não estão no Portal da Transparência e, diante disso, em 2019, o Supremo Tribunal Federal (STF) teve de atuar para declarar a inconstitucionalidade da lei que autoriza o sigilo as despesas reservadas ou confidenciais do presidente ou de ministros [5], mesmo assim, em 2020, aṕos divulgação na imprensa sobre aumento do uso do cartão corporativo, o governo impôs sigilo sobre os gastos aeroportuários financiados através desta forma de pagamento [veja aqui]. A alta dos gastos é apurada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) [6].