Tipo de Poder
Poder Formal
Esfera
Executivo
Nível
Federal

População negra é a mais abordada pela polícia do Rio, independente da ocorrência, aponta estudo

Tema(s)
Raça e etnia, Segurança pública
Medidas de estoque autoritário
Ataque a pluralismo e minorias

Estudo publicado nesta data aponta que negros são o grupo mais abordados por policiais na cidade do Rio de Janeiro, e que mais sofrem abusos ou constrangimentos nessas ocasiões [1]. O levantamento revela que 63% das pessoas abordadas pela polícia na cidade do Rio são negras; 79% dos que tiveram sua casa revistada pela polícia eram negros; quase 80% dos que tiveram um parente ou amigo morto pela polícia são pessoas negras [2]. O relatório mostra que ações do cotidiano, quando exercidas por pessoas negras, são consideradas suspeitas [3]. A pesquisa também evidencia um panorama onde as ações policiais no estado do Rio de Janeiro possuem um viés racial e que o racismo está no centro da atividade policial e do sistema de justiça criminal [4]. Após a repercussão do estudo na mídia, a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ), divulga uma nota afirmando que a corporação tem a missão central de defender a sociedade do Rio e que suas ações são baseadas em protocolos rígidos, treinamentos e orientação [5]. A PM também afirma que a maioria do contingente policial militar vem das classes de base da sociedade, incluindo as comunidades carentes, o que torna os agentes parte do contexto estrutural, histórico e social em que atuam [6].Em maio do ano passado, após a chacina do Jacarezinho, a Coalizão Negra por Direitos salientou a seletividade das ações violentas praticadas pela PM do Rio de Janeiro promoveu uma manifestação nacional contra a continua chacina e genocídio do povo preto [veja aqui].

Leia sobre o viés racial das abordagens policiais no Rio de Janeiro

15 fev 2022
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