Presidente Jair Bolsonaro participa de manifestações com pautas golpistas e de ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF), ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e seus ministros [1]. Nos atos — que acontenceram em várias cidades do Brasil [2], contando com a participação do presidente em Brasília e São Paulo [3] — são registradas manifestações com palavras de ordem de conteúdo antidemocrático, além faixas contendo pedido de destituição de todos os ministros do STF e cartazes com os dizeres: ‘juízes da suprema corte dão suporte a ladrões corruptos e criminosos do Brasil’ e ‘TSE é um partido político inimigo do Brasil’ [4]. Embora não discurse nas manifestações de Brasília, Bolsonaro comparece, cumprimenta os manifestantes, e diz em live nas redes sociais, parabenizando os presentes, que se trata de ‘manifestação pacífica em defesa da Constituição, da democracia, e da liberdade’ [5]. O presidente também participa virtualmente das manifestações ocorridas em São Paulo e profere discurso que finaliza com ‘Deus, pátria e família’ [6], lema integralista, que foi um movimento brasileiro de extrema-direita da década de 1930, associado ao fascismo [7]. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), chama de ‘ilegítimas e antidemocráticas’ as manifestações a favor da intervenção militar e do fechamento do STF e as classifica como ‘anomalias graves que não cabem em tempo algum’ [8]. No dia seguinte, o vice-presidente Hamilton Mourão associa estas manifestações à liberdade de expressão [veja aqui]. Dias antes, Bolsonaro participou de evento, ocorrido no Palácio do Planalto, onde parlamentares discursaram atacando o STF e defendendo pautas antidemocráticas [veja aqui].