O presidente da República, Jair Bolsonaro, declara em evento no Paraná que ‘se precisar, iremos à guerra’ [1]. A declaração ocorre em Umuarama (PR) em visita a um trecho da BR-487, ocasião na qual Bolsonaro discursa para eleitores [2]. No discurso, o presidente aponta uma ‘nova classe’ de ladrões no país e pede prontidão aos seus apoiadores: ‘não mais os ladrões de dinheiro do passado, surgiu uma nova classe de ladrão: aqueles que querem roubar a nossa liberdade. Peço para que vocês cada vez mais se interessem por esse assunto. Se precisar, iremos à guerra, mas quero um povo ao meu lado consciente do que está fazendo e por quem está lutando’ [3]. Para finalizar o evento, Bolsonaro também lança críticas aos ministros do Supremo Tribunal Federal, tema recorrente em sua campanha eleitoralm: ‘e termino dizendo que poucos naquela Praça dos Três Poderes podem muito, mas nenhum dele pode tudo. A nossa liberdade não tem preço, e parece que alguns não querem entender’ [4]. Após o fim do comício, Bolsonaro participa de uma motociata junto com o deputado e líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR) [5]. Ambos, ocupantes de cargos públicos, andam na mesma moto, sem capacete, equipamento obrigatório para pilotar motocicleta [6]. Vale lembrar que Bolsonaro já ameaçou as instituições democráticas em outras ocasiões neste ano, por exemplo, em fevereiro [veja aqui] [veja aqui], disse que o ‘sistema eleitoral brasileiro não é da confiança de todos’ e que cabe às Forças Armadas ‘decidir se o povo vai viver em uma democracia ou ditadura ‘ [veja aqui]; em maio [veja aqui] ameaça o TSE e seus ministros afirmando que resultados das eleições podem colocá-los em ‘situação bastante complicada’ [veja aqui] e defendeu o uso de armas para preservar a democracia [veja aqui]; em junho, quando disse que ‘não podemos fazer eleições com suspeições’ se referindo às urnas eletrônicas [veja aqui].