O presidente Jair Bolsonaro chama Alexandre de Moraes, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de ‘patife’, ‘cara de pau’ e ‘moleque’ [1]. O presidente também afirma que Moraes deseja torná-lo ‘refém’, condição que diz não aceitar, mencionando como evidência o fato de ter perdoado a pena imposta pelo STF ao deputado Federal Daniel Silveira [2][veja aqui]. Na fala, Bolsonaro se referia à conduta de Moraes de determinar a quebra de sigilo bancário de um de seus ajudantes de ordem, o tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid [3]. A quebra de sigilo ocorreu, em 27/09, a pedido da Polícia Federal (PF), que encontrou mensagens suspeitas, no celular de Cid, sobre transações financeiras feitas no gabinete do presidente da República [4]. A suspeita, apurada em inquérito policial ainda sem conclusão, é a de uso de dinheiro público para pagar contas pessoais da família presidencial [5]. A assessoria da Presidência nega qualquer irregularidade nas transações e diz que os valores movimentados têm origem em conta particular de Bolsonaro [6]. Vale lembrar que Bolsonaro tem feito ataques recorrentes ao STF e ao TSE, alegando que a sua atuação é uma ‘ditadura das canetas’ [veja aqui], que seus membros fazem censura [veja aqui], além ofensas abertas aos ministros que a compõe [veja aqui] [veja aqui].