O presidente Bolsonaro (PL), questionou a legitimidade do sistema eleitoral brasileiro em mais de 20 ocasiões em 2021 [1]. As acusações do presidente incluem ataques ao então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Luís Roberto Barroso [veja aqui] e denúncia de supostas fraudes nas urnas eletrônicas ocorridas na eleição de 2019 [veja aqui]. Bolsonaro também atacou a legitimidade do sistema eleitoral durante participações em manifestações antidemocráticas fazendo ameaças golpistas e xingando ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) [veja aqui]. Ele reiterou em diversas ocasiões acusações de que o sistema eleitoral brasileiro é fraudulento, porém em nenhuma das oportunidades apresentou qualquer prova que embasasse as suas declarações [veja aqui] [veja aqui], como no episódio em que compartilhou ilegalmente documentos sigilosos de um inquérito da polícia federal afirmando que as urnas haviam sido violadas após ataque virtual [veja aqui]. O presidente também defendeu a volta do voto impresso, ameaçou as eleições de 2022 e afirmou que ‘se não tiver voto impresso, é sinal que não vai ter eleição’ [veja aqui]. O TSE abriu inquérito administrativo contra o presidente Jair Bolsonaro para apurar os ataques contra as urnas eletrônicas [2] . Especialistas afirmam que os ataques em massa de Bolsonaro contra o sistema eleitoral fazem parte de uma estratégia do chefe do executivo para tirar o foco dos problemas do governo federal [3]. Entidades e organizações da sociedade civil entregaram carta ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, em repúdio aos sistemáticos ataques de Bolsonaro contra o sistema eleitoral [4].
Leia sobre a estratégia de Bolsonaro para atacar o sistema eleitoral.