Após publicação de notícia que critica o Ministro da Educação [1], Abraham Weintraub, a jornalista Isabela Palhares é alvo de mensagens violentas e ofensas misóginas em suas redes sociais [2]. Em postagem, Weintraub afirma que está ‘surpreendido pelo péssimo ‘jornalismo’ de Isabela Palhares, que infelizmente ‘trabalha’ no Estadão’ [3], utilizando termos entre aspas para ironizar e desqualificar o trabalho da jornalista [4]. Entidades jornalísticas publicam nota conjunta, na qual repudiam o ato do Ministro, afirmam que ‘não se trata de crítica, mas de ataque e tentativa de intimidação’ e que, ao identificar a jornalista, ‘deu instrumentos para que seus simpatizantes (…) a assediassem’ [5]. Por fim, as entidades ressaltam que os ataques pessoais a jornalistas promovem ambientes antidemocráticos e ‘agridem o direito à informação’ [6]. Em outras oportunidades, Weintraub chamou jornalista de ‘boca de esgoto’ [7] e se referiu a veículo de imprensa como ‘jornalismo prostituído’ [8]. No governo Bolsonaro são constantes os ataques a jornalistas, inclusive de caráter misógino, como os casos de Patrícia Campos Mello [veja aqui], Constança Rezende [veja aqui], Vera Magalhães [veja aqui] e Míriam Leitão [veja aqui].
Leia a análise sobre como os ataques à liberdade de expressão representam ameaça à Democracia e o balanço dos ataques de Bolsonaro à imprensa