Abraham Weintraub, ministro da Educação, por meio das redes sociais, tece elogios à Monarquia e questiona as comemorações destinadas a homenagear os 130 anos da Proclamação da República: ‘O que diabos estamos comemorando hoje?’ [1]. O ministro caracteriza a Proclamação como ‘o primeiro golpe de estado no Brasil’ [2] e se refere a ela como uma ‘infâmia’ contra o imperador D. Pedro II, classificando-o como ‘um dos melhores gestores e governantes da História’ [3]. Em outra publicação feita no mesmo dia, Weintraub provoca o movimento feminista ao exaltar a princesa Isabel e Maria Leopoldina como ‘mulheres educadas, inteligentes e honestas’ que foram responsáveis por assinar os ‘dois principais atos’ do Império, governando bem antes da ex-presidente Dilma Rousseff, conforme apontado por ele [4]. Após críticas direcionadas a essas declarações e ataques promovidos pelo ministro, o presidente Jair Bolsonaro afirma que não pretende retirá-lo do cargo e que ‘todos os ministros têm liberdade de expressão, só não pode criticar o governo’ [5]. Vale lembrar que o ministro costuma utilizar termo escravocrata próprio da aristocracia colonial para se referir a opositores políticos [veja aqui] e que Sérgio Camargo, presidente da Fundação Palmares, já exaltou a figura da Princesa Isabel em detrimento de Zumbi de Palmares [veja aqui].
Leia as análises sobre o que é uma monarquia e como a República foi proclamada no Brasil, bem como o significado de seu conceito.