Tipo de Poder
Poder Informal
Esfera
Executivo
Nível
Federal

O Palácio do Planalto e o Presidente Bolsonaro não celebram o Dia da Consciência Negra

Tema(s)
Raça e etnia
Medidas de estoque autoritário
Ataque a pluralismo e minorias

O Palácio do Planalto não marca nenhuma cerimônia para celebrar o dia da Consciência Negra, comemorada no dia 20 de novembro em razão da morte de Zumbi dos Palmares, líder da luta pela igualdade racial no Brasil [1], e o Presidente Jair Bolsonaro não publica nada em suas redes sociais, diferentemente do que fez no Dia da Bandeira e no Dia Internacional da Mulher [2]. Nos governos Temer [3], Dilma [4], Lula [5] e Fernando Henrique [6], a data sempre foi relembrada por iniciativas institucionais do Palácio do Planalto, em discursos dos ex-presidentes ou nas suas redes sociais. No mesmo dia, deputado federal quebra placa com charge que denuncia a violência policial contra a população negra em exposição e Bolsonaro prefere não se manifestar [veja aqui]. Em dezembro, Sergio Camargo, nomeado por Bolsonaro para ocupar a presidência da Fundação Palmares, defende o fim do Dia da Consciência Negra, pois a data promoveria ‘vitimismo e ressentimento racial’ e seria restrita a ‘minorias empoderadas pela esquerda’ [7]. Camargo também já afirmou que não há ‘racismo real’ no Brasil [veja aqui]. Em 2020, Camargo ironiza Zumbi e enaltece a data comemorativa da Lei Áurea (13 de maio), que coloca em primeiro plano a princesa Isabel em detrimento de outras personalidades que lutaram pela abolição da escravidão [veja aqui]. Em outros momentos, Bolsonaro [veja aqui] e o Ministro da Educação [veja aqui] utilizam-se de expressões racistas.

Leia mais sobre o que é consciência negra e sobre o Dia da Consciência Negra e veja documentário sobre o tema; ouça também sobre o passado e presente da consciência negra.

20 nov 2019
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