Casa Civil nomeia através de Portarias [1] novo presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), defensor do criacionismo. Uma das medidas exonera Anderson Ribeiro Correia, até então presidente da Capes, e o transfere para a direção do ITA; enquanto a outra medida nomeia Benedito Aguiar Neto, até então reitor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, para o posto de presidente da Capes. O novo presidente, enquanto reitor do Mackenzie, apoiou a criação de núcleo de estudos voltado a vertente do criacionismo e afirmou ter como interesse disseminar tal teoria na educação básica, em contraponto à teoria da evolução. Pelo criacionismo não ser considerado teoria científica, alguns países como Reino Unido e EUA proíbem seu ensino enquanto ciência nas escolas e universidades públicas [2]. A nomeação é vista com preocupação por entidades científicas [3] e pesquisadores brasileiros [4], que reafirmam o criacionismo enquanto vertente não reconhecida pela comunidade científica [5]. Pouco tempo depois, o MEC firma parceria com universidade dos EUA especializada em coaching religioso [veja aqui].
Leia análise sobre os impactos da indicação de defensor do criacionismo para a presidência da Capes e repercussão internacional sobre o caso – em inglês.