O presidente critica imprensa durante transmissão ao vivo em sua página no Facebook e faz apelo para que empresas não publiquem anúncios em veículos como a revista Época e o jornal Folha de S. Paulo [1]. Bolsonaro ainda ataca diretamente a colunista do jornal O Estado de S. Paulo, Vera Magalhães, defendendo que a jornalista teria publicado reportagem falsa, acusando-o erroneamente de convocar manifestantes para ato contra os outros poderes [veja aqui], o que foi posteriormente desmentido [veja aqui]. Em reação, o Estado de S. Paulo publicou nota lamentando as declarações de Bolsonaro, dizendo que sua atitude endossa conteúdos falsos nas redes sociais contra Vera Magalhães [2].
Atos que trazem como justificativa o enfrentamento da pandemia de covid-19 ou outra emergência. Sob o regime constitucional democrático, atos de emergência devem respeitar a Constituição e proteger os direitos à vida e à saúde. Mesmo assim, por criarem restrições excepcionais ligadas à crise sanitária, requerem controle constante sobre sua necessidade, proporcionalidade e limitação temporal. A longo prazo, demandam atenção para não se transformarem em um 'novo normal' antidemocrático fora do momento de emergência.
Atos que empregam ferramentas da constante reinvenção autoritária. Manifestações autoritárias que convivem com o regime democrático e afetam a democracia como sistema de escolha de representantes legítimos, como dinâmica institucional que protege direitos e garante o pluralismo.