Ministério da Educação abre procedimento administrativo disciplinar contra 30 docentes da Universidade Federal Fluminense (UFF), solicitando explicações acerca de decisão tomada em 2008 sobre a carreira administrativa de funcionários da instituição de ensino. Na ocasião, os professores integravam o Conselho Universitário da UFF e decidiram que funcionários aposentados deveriam ter os mesmos aumentos salariais dos membros que estavam na ativa, a partir dos princípios de isonomia e integralidade [1]. A medida adotada pelo MEC gera perplexidade na comunidade acadêmica, sindical e bancada de oposição política ao governo. Para a Associação dos Docentes da UFF a postura do MEC se mostra como clara tentativa de intimidação e ataque à autonomia universitária [2]. Já o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) emite nota de repúdio à intimação do MEC e expressa afronta à liberdade de manifestação e capacidade de organização do Conselho Universitário da UFF [3]. A bancada do PSOL na Câmara dos Deputados protocola requerimento de informação para que o ministro da Educação, Abraham Weintraub, dê explicações sobre o procedimento administrativo disciplinar [4].