No momento em que o mundo observa o comportamento do Brasil em relação aos gases de efeito estufa liberados pela devastação da Amazônia [1], o ministério do Meio Ambiente demite o presidente da secretaria de Relações Internacionais, Roberto Coelho de Souza, seu vice e um coordenador, que atuavam no combate às mudanças climáticas [2]. O Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, nomeia Marcus Paranaguá, diplomata de carreira, para substituir Souza, e divulga que a secretaria passará a ser chamada ‘secretaria de Clima e Relações Internacionais’ [3]. O ministério comunica que a decisão visa a dar ‘nova dinâmica para a agenda de adaptação às mudanças climáticas da pasta’ [4]. Para ambientalista, a medida representa que ‘não existe política climática federal sendo formulada ou implementada’ e questiona a seriedade da gestão frente a acordo internacional sobre o clima [5]. Antes de tomar posse do cargo, Salles afirma que ‘a discussão se há ou não há aquecimento global é secundária’ [6] e o Ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, acredita que a ‘obsessão climática’ é um ‘aparato marxista’ [veja aqui] e critica o ‘alarmismo climático’ [veja aqui]. O governo nega o aquecimento global em conferência internacional [veja aqui], reduz a fiscalização [veja aqui], exonera funcionários em órgãos de monitoramento [veja aqui] e pesquisa [veja aqui], promove cortes orçamentários [veja aqui] e minimiza a pauta da preservação ambiental [veja aqui].
Leia as análises sobre as demissões das autoridades no Ministério do Meio Ambiente e como a política ambiental do governo afetou a imagem do Brasil em 2019.