Tipo de Poder
Poder Informal
Esfera
Executivo
Nível
Federal

Sérgio Moro pede demissão, acusa Bolsonaro de tentar interferir na Polícia Federal e é acusado de buscar vaga no STF

Tema(s)
Conflito de poderes, Segurança pública
Medidas de estoque autoritário
Violação da autonomia institucional

O ministro da justiça e segurança pública, Sergio Moro, anuncia demissão após presidente Bolsonaro exonerar diretor-geral da Polícia Federal (PF), Maurício Valeixo [veja aqui] . Em discurso, Moro diz haver tentativa de interferência política na Polícia Federal pelo presidente Jair Bolsonaro para ter acesso a relatórios confidenciais de inteligência [1]. “Falei ao presidente que isso seria uma interferência política e ele disse que seria mesmo”, afirma Moro [2]. Ele ainda menciona a necessidade de autonomia à PF para exercer suas funções e destaca tal característica durante os governos de Lula e Dilma Rousseff (PT) [3]. No dia anterior (23), o então ex-ministro havia informado que pediria demissão, caso Valeixo, conhecido como seu braço direito, fosse exonerado. Com a demissão publicada no Diário Oficial na sexta-feira (24) sem seu conhecimento, Moro diz que essa foi uma sinalização de que o presidente o quer fora do cargo [4]. Após declaração de Sergio Moro, ministros do STF veem crimes por parte de Bolsonaro [5] e OAB avalia fazer relatório de possíveis implicações jurídicas no caso [6]. O procurador-geral da República, Augusto Aras, solicita abertura da investigação ao STF; Bolsonaro e também Sergio Moro são alvos do inquérito [7]. Na tarde do mesmo dia, em meio a ‘panelaços’ pelo Brasil, o presidente faz pronunciamento sobre a saída de Sergio Moro, admite ter interesses pessoais na PF e acusa moro de querer negociar vaga no STF [8].

Leia as análises sobre as acusações do ex-Ministro da Justiça ao presidente, o novo patamar de isolamento político de Bolsonaro e a repercussão internacional na mídia inglesa e norte-americana.

24 abr 2020
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