Tipo de Poder
Poder Formal
Esfera
Executivo
Nível
Federal

Bolsonaro nomeia para o comando da PF indicado de Ramagem, barrado pelo STF

Tema(s)
Administração, Segurança pública
Medidas de estoque autoritário
Violação da autonomia institucional

Após revogar a nomeação de Ramagem [veja aqui], suspensa pelo STF [veja aqui], o presidente Jair Bolsonaro nomeia Rolando Alexandre de Souza para o cargo de diretor-geral da Polícia Federal (PF) em edição extra do Diário Oficial da União publicada em 4 de maio. [1] Souza troca o chefe da superintendência do Rio de Janeiro, onde existem casos envolvendo a família Bolsonaro [2]. A troca não é bem vista por grupos dentro da corporação; a Associação dos Delegados da Polícia Federal (ADPF) decide suspender a divulgação de nota de apoio a Souza [3]. Bolsonaro negou que queira interferir na PF [4]. Outros nomes também são substituídos, sendo mantido Igor Romário de Paula, que Alexandre de Moraes determinou como chefe do Combate ao Crime Organizado na condução do inquérito das Fake News [veja aqui] [5]. O Movimento Brasil Livre (MBL), da sociedade civil, pede a suspensão da nomeação de Souza em ação judicial, sob a justificativa de que de Rolando é de confiança de Ramagem [6]. Bolsonaro foi chamado a se manifestar [7]. Em 25/05, o governo oficializa Tácio Muzzi, que não era indicado por Bolsonaro, como novo superintendente da PF do Rio de Janeiro [8]. Com pouco menos de um ano no cargo, Rolando é substituido por Paulo Maiurino como diretor-geral da PF em 08/04/21 após Anderson Torres ter assumido como novo ministro da justiça [9] [veja aqui].

Leia as análises sobre a estratégia de nomeação de Souza e a manobra feita pelo presidente e o STF.

04 maio 2020
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