Tipo de Poder
Poder Informal
Esfera
Executivo
Nível
Federal

MEC lança campanha em defesa da manutenção das datas originais do ENEM em meio a disputa judicial

Tema(s)
Educação
Medidas de estoque autoritário
Ataque a pluralismo e minorias

MEC lança campanha publicitária em defesa da manutenção da autal edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) com o lema de ‘a vida não pode parar’ [1]. No vídeo, estudantes se posicionam contra a possibilidade de uma geração de profissionais ser ‘perdida’ e incentivam a ‘reinvenção’ dos estudos de secundaristas [2]. Com isso, fica reafirmado o prazo de inscrição da prova [3]. A campanha vem em momento de disputa judicial sobre o tema [veja aqui]. O Tribunal de Contas da União (TCU) igualmente se manifestou sobre a situação em abril, frisando que manter as provas poderia prejudicar parcela dos estudantes [4]. Já o Ministro da Educação, Abraham Weintraub, vem politizando a questão ao afirmar que o adiamento da prova seria proposição de esquerda contra os estudantes [5] e o exame não serviria para corrigir injustiças [6]. Após o lançamento publicitário, a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e a União Nacional dos Estudantes (UNE) lançaram contracampanha em favor do adiamento do Enem [7] e a ONG Todos pela Educação ressaltou o alargamento de desigualdades com a manutenção [8]. Weintraub, porém, mostrou-se impassível a princípio [veja aqui]. No mês anterior, o Conselho Nacional de Educação (CNE) já havia sugerido a adaptação do cronograma de avaliações à interrupção de aulas na rede pública de ensino [9], bem como os Secretários de Educação [10]. A campanha segue a linha de outra já proposta pelo governo federal e suspensa pela Justiça [veja aqui].

Leia as análises de levantamento comparativo sobre exames de acesso ao ensino superior e pandemia, a situação da educação no país durante na crise e os efeitos da covid-19 sobre a educação nos EUA.

04 maio 2020
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