Tipo de Poder
Poder Informal
Esfera
Executivo
Nível
Federal

Weintraub reafirma manutenção do calendário do Enem e depois volta atrás

Tema(s)
Educação
Medidas de estoque autoritário
Ataque a pluralismo e minorias

Após todos os estados do país cancelarem aulas presenciais, a Defensoria Pública ajuizar ação em defesa do adiamento do Exame Nacional do Ensino Médio [veja aqui] e o Ministério da Educação lançar campanha em defesa da manutenção de seu calendário regular [veja aqui], o Ministro da pasta, Abraham Weintraub, reafirma que irá manter a prova em novembro em reunião com deputados federais [1]. Segundo falas do ministro, o Exame não serviria para corrigir injustiças [2] e seu adiamento seria proposta da esquerda contra o interesse dos estudantes [3]. No mesmo dia, o deputado Ivan Valente (PSOL) ajuíza ação popular pela suspensão da prova [4]. Por sua vez, o Presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), pede a Bolsonaro o adiamento da prova [5]. Na semana seguinte (19/05), Weintraub anuncia consulta pública com estudantes sobre possível adiamento [6]. Horas depois, senadores aprovam Projeto de Lei [7], que segue para a Câmara [8], prevendo prorrogação automática de prazos para provas de acesso ao ensino superior em caso de reconhecimento do estado de calamidade pública [veja aqui]. No dia seguinte à votação no Senado, o Ministro da Educação sugere adiamento do Enem em 30 ou 60 dias [9] e o Inep (autarquia do MEC responsável pelo exame) anuncia publicamente a resolução [10]. Em 22/05, a autarquia prorroga o prazo de inscrições da prova [11]. Nesse contexto, Weintraub é criticado pelo presidente e surgem pressões por sua saída do Ministério [12].

Leia as análises sobre a importância do adiamento, insuficiência da proposta do governo, as consequência da pandemia para o ensino médio e os efeitos da pressão pelo adiamento no governo.

14 maio 2020
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