Tipo de Poder
Poder Informal
Esfera
Executivo
Nível
Federal

Bolsonaro acumulou pelo menos quatro atos contra recomendações médicas e sanitárias na segunda semana de junho em meio à pandemia

Tema(s)
Conflito de poderes, Distanciamento social, Negacionismo
Medidas de estoque autoritário
Construção de inimigos

Como na semana [veja aqui] e mês anteriores [veja aqui], o presidente descreditou recomendações médicas e sanitárias. Em 08/06, afirmou que o STF teria dado ‘total responsabilidade’ a prefeitos e governadores por ações de enfrentamento à pandemia [1]. Neste mesmo dia, o Tribunal Penal Internacional protocolou queixa do PDT contra o presidente por crime contra a humanidade na gestão da pandemia [2] [3]. No dia seguinte, em reunião com ministros, voltou a defender a reabertura mais rápida de atividades [veja aqui] [4]. Em 10/06 recusou-se a responder pergunta de eleitora no Palácio do Alvorada, que se dizia frustrada com a condução do governo durante a pandemia; ordenou que ela se retirasse e cobrasse postura do governador do estado [5]. Em 11/06, estimulou em videoconferência a fiscalização de apoiadores a leitos de hospitais [veja aqui]. Na ocasião, também voltou a responsabilizar prefeitos e governadores pela crise [veja aqui]. Entre 08 e 14/06, o número de infectados pela covid-19 subiu de mais de 694 mil [6] para mais de 852 mil pessoas [7] e as mortes somaram mais de 42 mil pessoas [8], de acordo com dados de consórcio de veículos de imprensa. Em 12/06 o país se tornou o 2º país com mais mortes por covid-19 no mundo, ultrapassando o Reino Unido [9].

Veja o infográfico sobre o agravamento da pandemia em correspondência com falas do presidente e leia análise sobre o apagão de dados do governo.

14 jun 2020
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