Tipo de Poder
Poder Informal
Esfera
Executivo
Nível
Federal

Bolsonaro cometeu ao menos quatro atos contra recomendações médicas e sanitárias na terceira semana de junho, em meio à pandemia

Tema(s)
Distanciamento social, Negacionismo
Medidas de estoque autoritário
Construção de inimigos

Como na semana [veja aqui] e mês anteriores [veja aqui], o presidente descreditou recomendações médicas e sanitárias. Em 15/06, em entrevista à BandNews, voltou a dizer [veja aqui] que os números da pandemia seriam inflados e que não conhecia ninguém que ‘tenha falecido por falta de UTIs ou respiradores’ [1]. Na ocasião também criticou seu ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta [veja aqui], dizendo que ele teria causado mais ‘pavor’ na população [2]. Em 17/06, Bolsonaro insinuou, em evento no Palácio do Planalto, que teriam tentado disseminar pânico na pandemia e, por sorte, o vírus não teria chegado à zona rural [3]. No dia 18/06, disse em videoconferência que a atuação da OMS seria insuficiente e que não estaria baseada em dados científicos, bem como questionou o número de mortes [4]. Em 19/06, disse que ‘90% não sentem quase nada’, em alusão ao percentual de assintomáticos de covid-19, e voltou a criticar o isolamento social em conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada [5]. Entre 15 e 21/06, o número de infectados pela covid-19 subiu de mais de 891 mil [6] para quase de 1,1 milhão de pessoas [7] e as mortes somaram mais de 50 mil [8], de acordo com dados de consórcio de veículos de imprensa. Em 16/06, inclusive, o presidente foi denunciado por negligência no combate à covid-19 na Organizações das Nações Unidas (ONU) pela Venezuela [9] e em 19/06 o país registrou um milhão de contaminados pelo vírus [10].

Veja a linha do tempo do coronavírus até completar 1 milhão de mortes e leia as análises sobre o atual momento na visão de dois estudiosos, a conexão das políticas implementadas com o conceito de necropolítica e um histórico da evolução da pandemia no país.

21 jun 2020
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