Presidente Jair Bolsonaro afirma que Brasil pode deixar a Organização Mundial da Saúde (OMS) caso a entidade continue sendo uma agência ‘política e partidária’. O presidente ainda afirma que ‘ou a OMS trabalha sem viés ideológico ou a gente está fora’ e que ‘não precisamos de gente de lá de fora dar palpite na saúde aqui de dentro’ [1]. O discurso ocorre no mesmo dia em que o Brasil registra mais de 645 mil casos e 35 mil mortes decorrentes do coronavírus [2]. Bolsonaro também menciona o exemplo dos EUA, em que o presidente Donald Trump anunciou rompimento com a OMS em maio de 2020, e diz que pode seguir a decisão dos norte-americanos [3]. Enquanto os EUA foram, em 2019, os maiores doadores da OMS, o Brasil soma atualmente atraso de cerca de US$ 33 milhões nas colaborações à agência [4]. Essa não é a primeira vez que o presidente critica e faz acusações à OMS. Em outra oportunidade, Bolsonaro postou mensagem alegando que a instituição incentivaria a homossexualidade e masturbação em crianças [veja aqui].
Leia análises sobre qual o papel do Brasil na OMS e quais consequências são esperadas caso o país deixe a organização e como Bolsonaro já se apropriou e distorceu falas do diretor geral da instituição.