Tipo de Poder
Poder Informal
Esfera
Executivo
Nível
Federal

Bolsonaro diz que prisão de ex-assessor de seu filho, Fabrício Queiroz, é ‘espetaculosa’ e considera haver perseguição do Judiciário

Tema(s)
Conflito de poderes
Medidas de estoque autoritário
Construção de inimigos

Em transmissão em rede social, o presidente Jair Bolsonaro afirma que a prisão de Fabrício Queiroz, ex-assessor de seu filho Flávio Bolsonaro, teria sido ‘espetaculosa’, ‘parecia que estavam prendendo o maior bandido da face da Terra’ [1]. Mais cedo, já havia sinalizado suspeita de perseguição do Judiciário aos ministros de Justiça, André Mendonça, Secretaria Geral, Jorge Oliveira e ao Advogado-Geral da União, José Levi [2]. Segundo interlocutores, o presidente não veria como mera coincidência a nova investida do Judiciário, na mesma semana em que foram feitas buscas e apreensões contra aliados no âmbito de inquérito sobre atos antidemocráticos [veja aqui] [3]. Queiroz é apreendido na casa do advogado da família Bolsonaro, Frederico Wassef [4], onde se encontra também cartaz com menção ao AI-5 (decreto mais repressivo da ditadura militar) [5] [veja aqui], sob suspeita de obstrução das investigações [6]. Queiroz é investigado por participação em organização criminosa de desvio e lavagem de dinheiro (esquema de ‘rachadinhas’) no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro entre 2007 e 2018 no Rio de Janeiro [7]. Três dias depois da prisão, o advogado deixa o caso [8] [9]. No mês anterior, aliado político do presidente havia reportado a informação de que a Polícia Federal (PF) teria avisado previamente o ex-deputado sobre iminente operação da PF (Operação Furna da Onça) [10].

Leia as análises sobre o que o caso Queiroz representa ao governo e o que se sabe até agora.

18 jun 2020
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