Tipo de Poder
Poder Informal
Esfera
Executivo
Nível
Federal

Bolsonaro cometeu ao menos 04 atos contra recomendações médicas e sanitárias na segunda semana de julho, em meio à pandemia

Tema(s)
Distanciamento social, Negacionismo
Medidas de estoque autoritário
Construção de inimigos

Como na semana [veja aqui] e mês anteriores [veja aqui], o presidente da República Jair Bolsonaro descreditou recomendações médicas e sanitárias. Em 08/07, disse em redes sociais que seu tratamento com hidroxicloroquina estaria funcionando e desdenhou aqueles ‘que torcem contra’ o medicamento [1] – em novo gesto de politização da questão [veja aqui] -, apesar o remédio seguir sem comprovação científica de eficácia [2] [3]. Na mesma ocasião, voltou a evocar uma suposta dicotomia entre economia e saúde e ‘pânico’ desnecessário [veja aqui] [4], afirmando também que o combate ao vírus não poderia ser pior que ele próprio [veja aqui]. Em 09/07, incentivou, novamente [veja aqui], prefeitos a reabrirem o comércio e disse que o governo não manterá o auxílio emergencial por muito tempo [5]. No dia seguinte, o partido da oposição PSOL apresentou notícia crime contra o presidente por série de infrações contra medidas sanitárias preventivas [6]. Em 13/07, ele disse que ‘é horrível’ a rotina da quarentena e não aguenta mais ficar em casa [7]. No mesmo dia, postou em sua rede social que haveria ‘desinformação’ e ‘pânico (…) disseminado’ na crise [8] [9]. No dia seguinte, deputado federal instaurou nova representação contra o presidente, desta vez por incentivar o uso da cloroquina e determinar o aumento da produção do medicamento pelas forças armadas [10]. Entre 08 e 14/07 o número de infectados pela covid-19 no país subiu de mais de 1,7 milhão [11] para mais de 1,9 milhão [12] e as mortes atingiram o patamar de cerca de 75 mil pessoas [13], segundo dados do consórcio de veículos da imprensa.

Leia as análises sobre os embates do governo federal durante os quatro primeiros meses de pandemia e as incorreções de postura do presidente com o diagnóstico de covid-19.

14 jul 2020
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