Tipo de Poder
Poder Informal
Esfera
Executivo
Nível
Federal

Bolsonaro cometeu ao menos 05 atos contra recomendações médicas e sanitárias nos últimos dez dias de julho, em meio à pandemia

Tema(s)
Distanciamento social, Negacionismo
Medidas de estoque autoritário
Construção de inimigos

Como na semana [veja aqui] e mês anteriores [veja aqui], o presidente da República Jair Bolsonaro descreditou recomendações médicas e sanitárias. Após o terceiro teste positivo para covid-19, em 21/07 [1], o presidente passeou de moto e conversou com funcionários de limpeza sem equipamento de proteção em área externa do Palácio do Alvorada, em 23/07 [2]. Em 25/07, disse estar recuperado após novo exame e passeou novamente de moto, visitando loja sem máscara [3] e, no dia seguinte, virou alvo de nova queixa no Tribunal Penal Internacional por sua atuação na pandemia [veja aqui]. Em 27/07, retomou sua agenda de trabalho normal e, ao conversar com apoiadores, criticou a cobertura da mídia sobre o desrespeito que empreende a medidas sanitárias, chegando a retirar a máscara para tirar fotos [4]. Na mesma ocasião, voltou a menosprezar a gravidade da doença, dizendo que, para pessoas de idade e com comorbidades, ‘qualquer coisa é periogosa’ [5]. Em 30/05, dia em que sua esposa também testou positivo para a covid-19, Bolsonaro fez comícios em duas cidades nordestinas, retirando a máscara em diversas ocasiões [6] [7] [8]. No dia seguinte, em visita a uma escola cívico-militar [veja aqui], em Bagé (RS), disse que quase todos iriam pegar covid e completa: ‘tem medo do quê? Enfrenta!’ [9], ocasião em que mais uma vez retirou sua máscara [10] e participou de nova homenagem ao período militar . Entre 22 e 31/07 o número de infectados pela covid-19 no país subiu de mais de 2,2 milhões [11] para quase de 2,7 milhões [12] e as mortes atingiram o patamar de quase 93 mil pessoas [13], segundo dados do consórcio de veículos da imprensa.

31 jul 2020
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