Em reunião com o presidente do bloco econômico do Mercosul, o presidente da República Jair Bolsonaro afirma que está procurando desfazer ‘opiniões distorcidas’ a respeito do Brasil para que sejam assinados ainda neste semestre os tratados de livre comércio entre o bloco econômico, a União Européia e o EFTA (formado por Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça) [1]. Bolsonaro diz que o governo vai mudar a imagem do país através de ações em favor da Floresta Amazônica e dos povos indígenas [2]. Para mudar isso, a Secretaria de Comunicação (Secom) requer a liberação de R$ 325 milhões, mais do que o dobro do valor previsto no atual orçamento anual [3]. A pressão internacional aumenta devido aos índices de desmatamento [veja aqui] que crescem no primeiro semestre comparado com o ano passado [4], culminando na fuga dos investidores no país [5]. São registradas ameaças de boicotes à produtos brasileiros [6], cartas de parlamentares europeus ao Congresso brasileiro [7], e manifestações de empresários ao Vice-Presidente, Hamilton Mourão [8], externando preocupação com políticas ambientais e de direitos humanos. É feito pedido à União Européia, de interrupção nos procedimentos do acordo com o Mercusul, por entidades europeias pautado nos riscos que este traz ao meio ambiente e aos direitos humanos [9]. Uma das medidas tomadas pelo governo para mudar a situação, é a proibição das queimadas legalizadas na Amazônia e no Pantanal pelo período de 120 dias [10], que foi criticada pelo presidente [veja aqui].
Leia as análises do ex-presidente da Colômbia sobre a relação da política ambiental brasileira e impacto para a América do Sul, sobre o governo Bolsonaro em relação ao crescimento do desmatamento ambiental no Brasil; os estudos feitos por organizações não governamentais que demonstram falhas em políticas ambientais e de direitos humanos e as análises da pressão econômica que obriga o país a aumentar as práticas ambientais e sobre a dependência do governo federal em relação ao combate ao desmatamento no Brasil.