Tipo de Poder
Poder Formal
Esfera
Executivo
Nível
Federal

Bolsonaro nomeia pastor para Ministério da Educação por ‘apreço à família’ e ‘valores’

Tema(s)
Educação, Religião
Medidas de estoque autoritário
Violação da autonomia institucional

Jair Bolsonaro anuncia seu quarto ministro da Educação, o pastor presbiteriano e professor universitário Milton Ribeiro [1], que também tem carreira militar [veja aqui]. O novo ministro, que não tem experiência em políticas de educação ou gestão pública, tem atuação acadêmica fortemente voltada à religião [2]. A indicação, segundo o presidente, acontece porque o pastor teria ‘apreço à família e aos valores’ – e não por seu papel como gestor na área da Educação [3]. Ainda, agrada parlamentares da bancada evangélica, embora seja fruto de articulação dos ministros da Justiça e Segurança Pública (de pouca experiência em gestão pública) [4] e da Secretaria Geral da Presidência [5]. Damares Alves, nome evangélico e ligado ao pensamento conservador no governo, comemora a nova nomeação [6]. Ribeiro apresenta posições controversas: é a favor da punição física para crianças [7] e afirmou que o homem seria o responsável por impor o caminho da família e quem se ele esta seria ‘atacada’ [8]. A pasta da Educação enfrenta diversos desafios na pandemia causada pela covid-19, como o fechamento de escolas [veja aqui] e alterações no Enem . Ainda, o ministro que ocupou a pasta durante maior período de tempo no governo Bolsonaro, Abraham Weintraub [veja aqui], envolveu-se em diversos atos de caráter antidemocrático , como insinuar que chineses se beneficiariam com a pandemia causada pela covid-19 [veja aqui], ataques verbais a povos originários [veja aqui] e ameaças à universidades federais por balbúrdia [veja aqui].

Leia as análises sobre as ideias do novo ministro, a relação entre o ministro e a bancada evangélica e, por fim, sobre a posição quanto à disciplina de crianças veiculada por Ribeiro.

10 jul 2020
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