Tipo de Poder
Poder Informal
Esfera
Executivo
Nível
Federal

Ministro do Meio Ambiente diz que Ibama cumpriu 100% da meta de desmatamento, mesmo com índice recorde

Tema(s)
Meio Ambiente
Medidas de estoque autoritário
Construção de inimigos

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, edita portaria [1] com os resultados alcançados pelo Ibama entre junho de 2019 e maio de 2020, referentes às metas institucionais do órgão. A publicação das metas pelo ministério tem como finalidade o pagamento de gratificação devida a determinados cargos [2]. Salles afirma que o Instituto bateu 100% da meta de redução do desmatamento, que constituía na redução em 80% do desmatamento na Amazônia Legal, o que foi alcançado [3]. No entanto, a informação diverge dos dados apresentados pelo Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe), que demonstra o maior índice de desmatamento na Amazônia nos últimos anos, entre agosto de 2019 e maio de 2020 [4]. Mesmo com o desmatamento em alta [5] e servidores reclamando pela falta de equipamentos para o combate das queimadas [6], o Instituto possui mais de 100 milhões de reais parados, advindos do Fundo Amazônia, suspenso no ano passado [veja aqui], e das Operações Lava-Jato [7]. Além do mais, para o combate dos focos de incêndio, o órgão convoca todos os funcionários que já atuaram como fiscais para trabalharem no campo, independente da idade ou do pertencimento a grupo de risco da covid-19 [8]. Em junho, o ministério da Defesa, também divulgou dados divergentes a respeito do desmatamento da Amazônia, incluindo dados referentes às atividades do Ibama [veja aqui]. O Ministério Público de Contas requer ao Tribunal de Contas União (TCU) que seja analisada a execução orçamentária do ministério do Meio Ambiente e do Ibama, principalmente dos gastos do combate às queimadas [9].

Leia a análise sobre a atuação do Ibama e de como os recursos da Lava-Jato são utilizados na Amazônia.

30 jul 2020
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