Tipo de Poder
Poder Formal
Esfera
Executivo
Nível
Federal

Até esta data, governo Bolsonaro tem média de uma demissão a cada três dias em cargos de primeiro e segundo escalão da Administração Pública federal

Tema(s)
Administração, Conflito de poderes
Medidas de estoque autoritário
Violação da autonomia institucional

Levantamento aponta que, do início da gestão Bolsonaro até esta data, já foram realizadas 183 mudanças em cargos de primeiro e segundo escalão no governo, o que representa média de uma demissão a cada três dias [1]. No primeiro escalão são 12 ministros que já foram substituídos [2], considerando as 23 pastas existentes no governo Bolsonaro [3]. Já no segundo escalão, os ministérios que mais sofreram alterações foram o da Educação (27), Cidadania (23), Justiça (21), Saúde (15) e Economia (14) [4]. O estudo aponta desentendimentos com a família Bolsonaro, desavenças pessoais e pressões políticas de parlamentares como as principais razões para a quantidade volumosa de demissões [5]. Outro motivo apontado para as alterações, especialmente no primeiro escalão, seria a aproximação do presidente com figuras do chamado ‘centrão’ político no Congresso Nacional [6]. Dentre as mudanças, destacam-se a saída de Abraham Weintraub do Ministério da Educação, após desgaste na pasta com a participação do ministro em atos antidemocráticos [7] ; a demissão de Sérgio Moro do Ministério da Justiça, ao apontar que Bolsonaro teria tentado interferir na Polícia Federal [veja aqui]; e as trocas na pasta da Saúde com a saída de Luiz Mandetta após divergências sobre métodos de controle da pandemia [veja aqui] e a demissão de Nelson Teich em menos de um mês de governo, levantando questionamentos de ingerência excessiva de Bolsonaro [veja aqui].

Leia análises sobre demissões no governo federal por conta de discordâncias com o presidente Bolsonaro e os principais motivos que geraram as alterações.

27 ago 2020
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