Tipo de Poder
Poder Informal
Esfera
Executivo
Nível
Federal

Bolsonaro cometeu ao menos 04 atos contra recomendações médicas e sanitárias na primeira semana de agosto, em meio à pandemia

Tema(s)
Distanciamento social, Negacionismo
Medidas de estoque autoritário
Construção de inimigos

Como no mês anterior [veja aqui], o presidente da República Jair Bolsonaro descreditou recomendações médicas e sanitárias. Em 02/08, fez passeio de moto em Brasília sem máscara [1]. Dois dias depois, reportagem noticia que número de casos de covid-19 no Planalto aumentou 65% entre 3 e 31/07 – período em que o presidente também contraiu a doença [2]. O Senador Fabiano Contarato (Rede-ES) ajuíza ação requerendo que o presidente arque com seu próprio salário os gastos públicos da produção de cloroquina – medicamento sem eficácia científica usado no tratamento da covid-19 -, que teriam trazido dano financeiro à União [3]. Em 06/07, ao assinar medida provisória que garante financeiramente a compra de vacina contra a covid-19, Bolsonaro defende o uso da cloroquina. Em suas palavras: ‘se fosse esperar uma comprovação científica, quantos não teriam morrido naquele momento?’ [4]. Mais tarde, disse em videoconferência semanal que o Brasil chegaria a 100 mil mortes, mas que era preciso ’tocar a vida e se safar desse problema’ [5]. Na mesma ocasião, voltou a defender a cloroquina: ‘quem não quer tomar cloroquina, não tente proibir, impedir quem queira tomar’ [6] e culpar governadores pelo desemprego [7], dizendo novamente que o combate ao vírus não poderia ser mais grave que a própria doença [veja aqui]. No dia seguinte, tirou a máscara para cumprimentar apoiador em São Paulo [8]. Entre 01 e 07/08 o número de infectados pela covid-19 no país subiu de mais de 2,7 milhões [9] para quase de 2,9 milhões [10] e as mortes atingiram o patamar de quase 99,6 mil pessoas [11], segundo dados do consórcio de veículos da imprensa.

Veja retrospectiva de discursos do presidente que minimizaram a importância da covid-19.

07 ago 2020
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