Como na semana [veja aqui] e no mês anteriores [veja aqui], o presidente da República, Jair Bolsonaro, descreditou recomendações médicas e sanitárias. Em 23/08, voltou a mencionar, em rede social, a importância da economia para o país – dizendo que não poderia ser negligenciada em prol das medidas de combate ao vírus [veja aqui] – e insinuou que Tedros Adhanom, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), estaria em sintonia com seu posicionamento [1]. No dia seguinte, promoveu o evento ‘Brasil vencendo a covid-19’, disse que a doença não passaria de uma gripezinha’, mote que defende desde março [veja aqui], exaltou a cloroquina e defendeu que jornalistas ‘bundões’ teriam mais chances de contrair o vírus [veja aqui]. Em 26/08, o presidente criticou o papel da mídia na cobertura da crise, como já havia feito antes [veja aqui] e ironizou a atuação da OMS na pandemia em evento da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) [2]. Em 29/08, provocou aglomeração na inauguração de usina de energia fotovoltaica em Caldas Novas (GO) [veja aqui] e não usou máscara [3]. Dois dias depois, disse que não se pode obrigar ninguém a tomar vacina, voltando a repetir a frase dias depois [veja aqui]. Entre 22 e 31/08 o número de infectados pela covid-19 no país subiu de mais de 3,5 milhões [4] para mais de 3,9 milhões [5] e as mortes atingiram o patamar de mais de 121 mil pessoas [6], segundo dados do consórcio de veículos da imprensa.