Levantamento indica que a Controladoria-Geral da União (CGU) recebeu, desde o início do governo Bolsonaro até a data indicada, 680 denúncias de assédio moral apresentadas por funcionários públicos de diversos órgãos do aparato federal, como a Polícia Federal, instituições de ensino e ministérios [1]. Isso representa cerca de 1,2 denúncia por dia desde o início da gestão Bolsonaro, contabilizando denúncias de instituições variadas – figurando no topo da lista o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos [2]. A CGU atribui o aumento de denúncias à criação de uma plataforma unificada para registrar as ocorrências; servidores relatam perseguição ideológica [3]. Sérgio Pinto, representante da Associação de Servidores do Ministério da Cultura, afirma que por causa disso muitos servidores são substituídos por pessoas sem experiência [4]. Vale lembrar de outras condutas do governo federal em relação aos servidores, como a advertência da comissão de ética do Ibama sobre condutas inadequadas [veja aqui], suposta ação sigilosa do Ministério da Justiça que monitorou servidores antifascistas [veja aqui], alerta a servidores sobre seu uso de redes sociais [veja aqui], e nota técnica que permite punição por conteúdos publicados online [veja aqui]. Além disso, empresa pública de comunicação também vem sendo questionada sobre censura por realocar funcionário que cobria o ministério da Saúde e fez perguntas sobre a gestão militar [veja aqui] e ajuizar ação contra servidores por posicionamento em rede social [veja aqui].
Leia análise sobre exonerações de servidores públicos por discordâncias com o governo federal.