Policiais Militares (PMs) intimidam manifestantes críticos ao presidente Jair Bolsonaro em Caldas Novas, Goiás [1]. Segundo apuração da imprensa feita nesta data, a abordagem policial ocorreu em oficina que confeccionava faixas críticas a Bolsonaro, a serem estendidas durante visita do presidente no município para inauguração de usina [2]. As faixas tinham mensagens críticas à alta do dólar e de combustíveis e questionavam o depósito realizado por Fabrício Queiroz, ex-assessor do deputado Flávio Bolsonaro, à Michelle Bolsonaro, esposa do presidente [3] – razão que inclusive levou Jair a proferir ataques à imprensa [veja aqui] [veja aqui]. Por conta da organização dos protestos, dois policiais realizaram abordagem na oficina e detiveram o proprietário, conduzindo-o até a casa do pintor responsável pela confecção das faixas [4]. No local, os PMs demandaram que o pintor ligasse para o organizador das manifestações e o intimidaram afirmando que ele estaria cometendo crime contra a honra do presidente, e que a ação policial cumpria ordens da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e Polícia Federal (PF) [5]. No dia seguinte, as faixas foram estendidas pelos manifestantes nas redondezas do aeroporto de Caldas Novas, sem a ocorrência de incidentes [6]. O jornal ‘Folha de S. Paulo’ entrou em contato com a Polícia Militar de Goiás solicitando esclarecimentos do episódio, mas não obteve respostas [7]. Em outras oportunidades, protestos contra racismo e fascismo foram alvo de violência policial [veja aqui] [veja aqui] e Bolsonaro defendeu o uso da Força Nacional contra manifestantes, chamando-os de marginais [veja aqui].
Leia análises sobre a influência ideológica nas polícias militares e como a violência policial é utilizada para coibir manifestações.