O vice presidente da República, Hamilton Mourão, ao participar de uma reunião da Confederação Nacional da Indústria (CNI) sobre desenvolvimento sustentável na Amazônia, afirma que a floresta não está pegando fogo e que são áreas humanizadas, áreas habitadas por pessoas, que sofrem com as queimadas [1]. Mourão alega também que mesmo mostrando mapas da Nasa e do Inpe as comunidades internacional e nacional não aceitam os dados [2]. O vice presidente já havia feito alegação similar [veja aqui], afirmando que os incêndios ocorrem de forma natural, assim como o presidente Jair Bolsonaro [veja aqui]. No entanto, de acordo com estudos divulgados pela Nasa, essa alegação é falsa; os dados demonstram que os incêndios acontecem na floresta devido a ações humanas, sendo muito raro os incêndios naturais [3]. Mourão, durante a Confederação, critica o ator Leonardo DiCaprio, como também já havia feito o presidente em outras circunstâncias [veja aqui], por conta da sua postagem nas redes sociais a respeito do desmatamento na Amazônia [4]. O ator divulgou em sua rede social [5] o aumento das queimadas na Amazônia e critica a postura do presidente Jair Bolsonaro [6]. Mourão refuta a crítica e diz que irá convidar o ator para vir à Amazônia [7].
Veja a nova ferramenta para monitorar as queimadas na Amazônia – em inglês.
Atos que trazem como justificativa o enfrentamento da pandemia de covid-19 ou outra emergência. Sob o regime constitucional democrático, atos de emergência devem respeitar a Constituição e proteger os direitos à vida e à saúde. Mesmo assim, por criarem restrições excepcionais ligadas à crise sanitária, requerem controle constante sobre sua necessidade, proporcionalidade e limitação temporal. A longo prazo, demandam atenção para não se transformarem em um 'novo normal' antidemocrático fora do momento de emergência.
Atos que empregam ferramentas da constante reinvenção autoritária. Manifestações autoritárias que convivem com o regime democrático e afetam a democracia como sistema de escolha de representantes legítimos, como dinâmica institucional que protege direitos e garante o pluralismo.