Presidente Jair Bolsonaro afirma, em discurso durante visita de obras no interior da Bahia, que o Brasil está ‘praticamente vencendo a pandemia’ e que o país é um dos que ‘menos sofreu com a doença’ por conta das medidas adotadas pelo governo federal [1]. No mesmo dia da fala, o Brasil ultrapassa a marca de 4,2 milhões de infectados e 130 mil mortes decorrentes do coronavírus [2], números que o colocam como o terceiro maior no mundo em casos e segundo em óbitos [3]. Bolsonaro ainda alega que o governo federal ‘fez de tudo’ para minimizar os efeitos negativos da doença [4]. Em setembro, o presidente segue cometendo atos contra recomendações médicas e sanitárias [veja aqui], assim como fez nos meses anteriores [veja aqui]. Desde o início da pandemia no Brasil, ele defende a flexibilização do isolamento social, tendo lançado a campanha publicitária ‘O Brasil não pode parar’ [veja aqui]. A medida de isolamento social é apontada pela Organização Mundial da Saúde como a mais eficaz no combate ao vírus, dada a inexistência, até o momento, de vacina [5]. O presidente também apoia o uso da cloroquina para o tratamento [veja aqui], medicamento que não tem sua eficácia comprovada cientificamente [6]. Em outras oportunidades, Bolsonaro defendeu a retomada da ‘vida normal’ e acusou governadores e prefeitos de impedirem a flexibilização do lockdown [veja aqui], dando a entender que a responsabilidade pela saúde pública e os efeitos negativos na economia seriam deles, após distorcer a decisão do STF que fixou a autonomia dos entes federados no combate à pandemia [veja aqui].
Veja lista de pronunciamentos de Bolsonaro minimizando os efeitos do coronavírus