Tipo de Poder
Poder Formal
Esfera
Executivo
Nível
Federal

Plano de metas do Conselho Nacional da Amazônia Legal prevê presença das Forças Armadas na floresta até o fim de 2022

Tema(s)
Segurança e meio ambiente
Medidas de estoque autoritário
Legitimação da violência e do vigilantismo

Conselho Nacional da Amazônia Legal (CNAL), coordenado pelo vice-presidente Hamilton Mourão [veja aqui], encaminha plano de metas ao Ministério da Economia, apurado pela imprensa nesta data, prevendo a permanência de militares em operações de combate ao desmatamento e queimadas até o fim de 2022 [1]. Em maio, decreto presidencial autorizou a intervenção das Forças Armadas na Amazônia para combater o desmatamento e incêndios na chamada Operação Verde Brasil 2 [veja aqui], cuja primeira ação ignorou a presença do Ibama e realizou missão de Garantia da Lei e da Ordem sem fazer autuações [veja aqui]. A proposta de Mourão não solicita recursos para o prosseguimento das ações, mas estabelece que os militares permaneçam na Amazônia até dezembro de 2022 [2]. O secretário do Observatório do Clima critica a proposta, na medida em que a presença dos militares não reduziu os índices de desmatamento e queimadas na Floresta, e a ausência de justificativa expressa por parte do vice-presidente em defender a permanência das Forças Armadas [3]. Em outras oportunidades, Mourão contrariou dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e defendeu queda nos níveis de desmatamento na Amazônia [veja aqui], e o Ministério do Meio Ambiente anunciou a suspensão de todas as operações de combate ao desmatamento e queimadas na Amzônia e, horas depois, voltou atrás [veja aqui].

Leia análises sobre o baixo uso do orçamento disponível para as operações na Amazônia e a maior alta nos índices das queimadas nos últimos 13 anos

08 set 2020
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