Em postagem nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro comemora a morte de Che Guevara, um dos líderes da revolução Cubana de 1959, e afirma que com a sua morte ‘o comunismo perdia força na América Latina’ [1]. Ele ainda critica o legado do ex-guerrilheiro cubano e diz que sua história ‘só inspira marginais, drogados e a escória da esquerda’ [2]. A retórica anticomunista e a rejeição por governos de esquerda – que se dissemina, hoje, em pautas como ‘globalismo’ [3] [veja aqui], ‘marxismo cultural’ [4] [veja aqui], e ‘viés ideológico’ [5] [veja aqui] -, são práticas do governo atual [veja aqui]. Vale ressaltar que manifestações do tipo eram comuns antes e durante o golpe militar de 1964 [6]. Em outras ocasiões, o governo prometeu combater o marxismo [veja aqui], a ameaça comunista [veja aqui], e associou o comunismo ao coronavírus [veja aqui]. Também associou governadores não alinhados ideologicamente a um suposto projeto de transformar o país em Cuba [veja aqui], que, por sua vez, é entoado também por seus ministros como ameaça a ser combatida [veja aqui].
Leia análise sobre como a ideologia é empregada na política externa do governo Bolsonaro.