Tipo de Poder
Poder Formal
Esfera
Executivo
Nível
Federal

Coordenação do Programa Nacional de Imunização (PNI) fica vaga por 3 meses em meio à pandemia

Tema(s)
Administração, Saúde
Medidas de estoque autoritário
Redução de controle e/ou centralização

Após três meses de vacância da coordenação do Programa Nacional de Imunização (PNI) em meio a pandemia da covid-19 [1], o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, nomeia novo coordenador para o cargo [2]. O pediatra Ricardo Queiroz passa a ser o coordenador do programa, após a saída de Francieli Fontana em julho [veja aqui]. Na época, Francieli afirmou que a sua exoneração decorria das dificuldades na campanha vacinal da covid-19 e do seu descontentamento com as declarações de Bolsonaro contra a imunização, caracterizando-as como prejudiciais à aderência da população a vacinação [3]. O PNI é responsável por organizar as ações de vacinação da população durante todo o ano, além disso também compete ao órgão a promoção do acesso inclusivo de todos os cidadãos brasileiros às vacinas e o controle da temperatura de armazenamento dos imunizantes nas unidades de saúde [4]. O plano nacional de imunização [5], que determina a ordem de recebimento das vacinas pela população, é fruto dos trabalhos do PNI – o plano foi alvo de diversas críticas por fomentar a disparidade entre regiões e grupos populacionais [veja aqui]. Além disso, a campanha vacinal no país foi marcada por dificuldades na logísticas de distribuição de imunizantes [veja aqui] e por escassez de vacinas [veja aqui] [veja aqui]. No dia 28/10, Ricardo foi informado que não tomaria mais posse do cargo de coordenador do PNI [6]. Em entrevista a imprensa, Ricardo declara que acredita que foi vetado por se posicionar contra o uso da hidroxicloroquina no combate da covid-19 [7], medicamente amplamente defendido por Bolsonaro desde o início da pandemia [veja aqui] [veja aqui] [veja aqui] [veja aqui].

Leia sobre o Programa Nacional de Imunização e as suas contribuições para a vacinação no Brasil.

06 out 2020
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