Tipo de Poder
Poder Informal
Esfera
Executivo
Nível
Federal

Bolsonaro cometeu 05 atos contra recomendações médicas e sanitárias na segunda semana de novembro, em meio à pandemia

Tema(s)
Distanciamento social, Negacionismo
Medidas de estoque autoritário
Construção de inimigos

Como na semana [veja aqui] e no mês anteriores [veja aqui], o presidente da República, Jair Bolsonaro, descreditou recomendações médicas e sanitárias. Em 09/11, questionou a veracidade de uma segunda onda de coronavírus em conversa com apoiadores, aventando a possibilidade de que ela destruiria ‘a economia de vez’ [1]. Aproveitou a oportunidade também para criticar medidas de distanciamento social, dizendo que ele não teria sido responsável por mandar ‘fechar tudo’ [2]. No dia seguinte, fez comentário homofóbico ao dizer que o Brasil deveria deixar de ser ‘um país de maricas’ em evento no Palácio do Planalto e criticou o suposto fato de que a pandemia seria superdimensionada [3]. Também afirmou que todos morrerão um dia e que não ‘adianta fugir disso’, elogiando medidas mais frouxas de distanciamento social [4]. No mesmo dia, comemorou a suspensão de testes da vacina CoronaVac, dizendo que teria ‘ganhado’ do governador de São Paulo [veja aqui]. No dia seguinte, recomendou o uso de medicamentos sem eficácia comprovada em videoconferência [veja aqui] [5] e, em 13/11, defendeu que uma segunda onda de covid-19 seria ‘conversinha’ [6]. Os discursos do presidente contra o distanciamento social e a favor de medicamentos sem eficácia comprovada são recorrentes [veja aqui], bem como sobre a inevitabilidade do contágio na pandemia [veja aqui]. Entre 08/11 e 14/11, o número de infectados pela covid-19 no país subiu de mais de 5,6 milhões [7] para mais de 5,8 milhões [8] e as mortes se aproximaram da marca de 166 mil pessoas [9], segundo dados do consórcio de veículos da imprensa.

Reveja frases do presidente em descrédito à pandemia

14 nov 2020
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