Ministério da Saúde (MS) publica texto em defesa do distanciamento social e reforçando a ausência de tratamentos cientificamente comprovados contra a doença; poucas horas depois, exclui-o [1]. O conteúdo apagado declarava: ‘até o momento, não existe vacina, alimento específico, substância ou remédio que previnam ou possam acabar com a covid-19. A nossa maior ação contra o vírus é o isolamento social e a adesão das medidas de proteção individual’ [2]. Em resposta à exclusão da publicação, o MS diz ter trazido ‘informações equivocadas’ e reitera a necessidade do uso de máscaras, lavagem de mãos e álcool em gel, mas mantém silêncio sobre o distanciamento social e isenta-se de julgamento quanto ao tratamento medicamentoso [3]. ‘O protocolo de tratamento para a doença e uso de medicamentos está a critério dos profissionais de saúde, em acordo com a vontade dos pacientes’, completa [4]. No dia anterior, Bolsonaro já havia criticado a atuação da Organização Mundial da Saúde (OMS) na pandemia [veja aqui] e frequentemente descredita medidas de distanciamento social, inclusive, nesta mesma semana [veja aqui]. Em outros episódios, o ministério da Saúde descreditou recomendações científicas: após a saída de dois ministros da Saúde durante a pandemia [veja aqui], ministro que ficou quatro meses interino [veja aqui] aprovou novo protocolo para uso de cloroquina [veja aqui] e editou resolução a este respeito, em conjunto com a Anvisa [veja aqui]; além disso, quintuplicou oferta de cloroquina a estados e municípios [veja aqui]. Desde julho, a OMS interrompeu testes com a hidroxicloroquina para o tratamento da covid-19 [veja aqui].
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