Como no mês anterior [veja aqui], o presidente da República, Jair Bolsonaro, descreditou recomendações médicas e sanitárias. Em 02/12, descreditou vacinas contra covid-19, dizendo que não poderia ser responsabilizado caso houvesse efeitos colaterais, em conversa com apoiadores sem o uso de máscara [veja aqui]. Na mesma ocasião, afirma que ‘não tem cabimento’ escolas manterem aulas virtuais e diz estar em conversa com o ministro da Educação a respeito [1]; no mesmo dia, o Ministério da Educação (MEC) determinou o retorno das aulas presenciais, mas recuou logo em seguida [veja aqui]. Há semanas, o presidente vem diminuindo a importância da vacina [veja aqui] e continua a recomendar o tratamento com medicamentos sem eficácia comprovada para o combate ao vírus [veja aqui]. Entre 01/12 e 07/12, o número de infectados pela covid-19 no país subiu de mais de 6,3 milhões [2] para mais de 6,6 milhões [3] e as mortes se ultrapassaram a marca de 177 mil pessoas [4], segundo dados do consórcio de veículos da imprensa.